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Entenda o que é a DTM e como tratar o problema

Sentir a mandíbula travada e o maxilar estalando e com dor  não é algo fora do comum. Talvez você já tenha passado por isso ou conhece alguém que tenha vivenciado essa sensação desagradável, em algum momento da vida.

Quando isso acontece eventualmente, não há motivo para se preocupar. No entanto, se esse quadro se repete com frequência e ainda com dores de cabeça, nos músculos da face, na articulação da boca e estruturas vizinhas como o ouvido, por exemplo, é necessário ficar alerta e procurar orientação profissional.

Os sintomas da DTM podem variar muito desde:

– dores próximas na região do ouvido;

– têmporas;

– dificuldade para abrir ou movimentar a mandíbula;

– incoordenação dos movimentos mandibulares;

– travamentos;

E, ainda, podem estar associados com zumbidos, dor no pescoço, dores de cabeça, enxaqueca e dor na coluna. Esses são os sintomas mais comuns da DTM, sigla para Disfunção  Temporomandibular.

Explicando a DTM

Trata-se de uma doença que tem sido muito estudada nos últimos anos, pois causa sofrimento a milhões de pessoas, com grande impacto na qualidade de vida e no convívio social dos que são acometidos pela disfunção.

Antes de qualquer explicação é preciso entender o que é a ATM – Articulação Temporomandibular. Ela é responsável por todos os movimentos que fazemos com a boca, existindo uma em cada lado (em frente de cada orelha). As enfermidades desta articulação e dos músculos que fazem esses movimentos são as chamadas disfunções temporomandibulares.

Basicamente, existem três tipos principais de DTM:

  1. A articular, que pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação, quanto por traumas ou mesmo doenças degenerativas (osteoartrose e artrite reumatoide);
  2. A muscular, quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão;
  3. A mista, aquela que une os distúrbios musculares e articulares.

A principal forma de identificar a disfunção é através de uma consulta com o dentista, que pedirá exames.

Causas e Tratamentos

DTM tem como uma das principais causas a ansiedade e o estresse que, muitas vezes, também estão diretamente ligados ao bruxismo, o hábito de ranger os dentes. Lesões no pescoço por acidentes de carro podem iniciar as crises. Posturas de trabalho e de dormir inadequadas, morder as unhas, canetas, etc, também podem ser causadoras dessa disfunção.

As mulheres em idade fértil estão mais sujeitas ao desenvolvimento da DTM – mas isso não significa que o transtorno não atinja homens. A literatura médica demonstra ainda que cerca de 35% das crianças apresentam algum sintoma. Por falta de conhecimento, os pais acabam levando os filhos a outros profissionais, em casos de dores de cabeça constantes, por exemplo. É importante ficar atento e agendar uma consulta com o dentista o quanto antes para cuidar da saúde bucal dos pequenos.

A DTM pode ser tratada e controlada. Uma vez diagnosticada, o processo de cura é tranquilo. Entre as técnicas especiais de tratamento estão a redução do estresse, o controle da ansiedade e o relaxar os músculos para evitar o hábito de ranger os dentes, com um tratamento multidisciplinar.

Como a disfunção é, normalmente, um problema causado por diversos fatores físicos (associados à doenças sistêmicas e  outras que podem aparecer juntas como, por  exemplo, enxaquecas) e psicológicos, muitas vezes se faz necessário o envolvimento não só do dentista, mas também de psicólogos, fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, reumatologistas, neurologistas e fisiatras.

Terapias que podem ser utilizadas, de acordo com o tipo de dor orofacial e sua complexidade são:

  1. Mudanças de hábitos, como roer as unhas ou mascar chicletes;
  2. Placas de mordida noturnas, que são aparelhos de uso bucal;
  3. Métodos de acupuntura – a técnica ameniza a dor e reduz o estresse;
  4. Medicamentos anti-inflamatórios e relaxantes musculares;
  5. Exercícios fonoaudiólogos – para o alongamento e o fortalecimento dos músculos;
  6. Exercícios de fisioterapia – eletroterapia, ultrassom e laser melhoram a cicatrização dos tecidos e a mobilidade. São recursos indicados, mas tudo depende de um diagnóstico específico para cada caso, que deve ser cuidadosamente avaliado. O ideal é sempre começar com terapias menos invasivas.
  7. Cirurgias são indicadas em casos graves e em apenas 6% destes, quando todas as terapias comportamentais e fisioterapias forem utilizadas. A equipe médica faz a sua parte e os outros profissionais de saúde também. Então, a orquestra – que é a nossa saúde – agradece.

Para saber mais, um dica de leitura para pacientes e profissionais de saúde: o livro “Terapias Não Medicamentosas para DTM (Disfunção Temporomandibular)”, de Simone Prada, especialista da Clínica Simone Prada, à venda na Amazon.

Ficou com alguma dúvida? Mesmo com a quarentena imposta pela pandemia do Coronavírus, é possível falar conosco pelo telefone (11) 4111-1613.

 

Todos os artigos contidos nesse blog têm finalidade instrutiva, não podendo, sob nenhuma hipótese, substituir uma consulta.  Se você tiver mais dúvidas ou quiser falar conosco, teremos prazer em atendê-lo (a).

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