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Paciente com DTM: relato de um caso

Praticamente todos os dias, os profissionais da clínica Simone Prada recebem perguntas sobre a DTM, pelos nossos canais de comunicação. As pessoas querem saber se há cura e quais os principais sintomas para identificar o problema.

É importante ressaltar que a DTM (Disfunção Temporomandibular) é muito mais comum do que imaginamos e tem grande impacto na qualidade de vida e no convívio social dos que são acometidos por essa enfermidade.

Mas, a boa notícia é que há tratamentos acessíveis. A DTM pode ser controlada. O que muitos ainda não sabem é que o dentista é o profissional mais indicado para solucionar esses casos.

Para ilustrar melhor como a disfunção pode afetar nossas vidas, entrevistamos uma das pacientes da clínica, mais um caso de sucesso, a palestrante motivacional, mentora e coach, Milena Beatrice Lykouropoulos.

Nesse depoimento, Milena faz um relato de seu sofrimento com as dores constantes e de como sua vida mudou após o tratamento.

Quando seus sintomas começaram?

Há aproximadamente 14 anos, com o nascimento do meu filho. Eu comecei a sentir fortes dores de cabeça, na nuca e, mais recentemente, na articulação da boca.

O que você fazia para amenizar as dores?

Eu tinha crises terríveis. Nos últimos anos, comecei com crises a cada dois meses, passou para uma vez por mês, depois a cada quinze dias, até que eu comecei a ir ao pronto-socorro toda semana.

A situação era tão desesperadora que, inclusive, teve um hospital que me proibiu de voltar ao pronto atendimento, por causa do excesso de medicamento em meu organismo. Eu chegava a tomar 20 comprimidos em apenas 3 dias, que era o tempo que duravam as crises.  Eu procurava ajuda, evidentemente, e passei por vários profissionais de outras áreas como neurologista, cardiologista, oculista, mas nunca se conseguiu fechar um diagnóstico correto.

Como conheceu a Dra. Simone Prada?

Foi no início da pandemia, em março deste ano, através das redes sociais, mais especificamente em uma Live, no Instagram.  Diante do que a dentista falou, explicando tudo sobre os sintomas, me identifiquei e achei que deveria entrar em contato.

Como foi o tratamento?

Logo na primeira consulta, após os exames, foi constatada a DTM e Dor Orofacial.  Iniciamos o tratamento, que durou 4 meses, com alguns procedimentos como a placa de mordida, série de exercícios faciais, o uso de faixa específica para a região e até meditação. Com essa rotina, não sinto mais dor.

Tenho uma enorme gratidão, não só pela parte técnica, mas também pelo acolhimento que senti na clínica. A Dra. Simone Prada me escutou.”  Milena Beatrice Lykouropoulos

O que mudou na sua vida?

Absolutamente tudo. Mas, especialmente meu humor, que era brutalmente afetado pela dor. Isso me impedia de trabalhar, de me relacionar direito com as pessoas, de brincar com meu filho e estar com meus amigos.

Minha vida é outra agora e eu só posso agradecer. Tenho uma enorme gratidão pela Dra. Simone Prada, não só pela parte técnica, mas pelo acolhimento e pela compreensão do meu caso.  Com muita paciência e profissionalismo, ela prestou atenção no que eu falei e chegou ao diagnóstico correto.

Explicando a DTM

Antes de mais nada, é preciso entender o que é a ATM – Articulação Temporomandibular. Ela é responsável por todos os movimentos que fazemos com a boca, existindo uma em cada lado (em frente de cada orelha). As enfermidades desta articulação e dos músculos que fazem esses movimentos são as chamadas Disfunções Temporomandibulares.

São três os principais tipos de DTM:

  1. Articular – pode se dar tanto por uma sobrecarga da articulação, quanto por traumas ou mesmo doenças degenerativas (osteoartrose e artrite reumatoide);
  2. Muscular – quando a musculatura do sistema mastigatório sofre um excesso de tensão;
  3. Mista – aquela que une os distúrbios musculares e articulares.

Os sintomas podem variar. Vão desde dores próximas na região do ouvido; dificuldade para abrir ou movimentar a mandíbula; incoordenação dos movimentos mandibulares e travamentos. Podem estar associados, ainda, com zumbidos, dor no pescoço, dores de cabeça, enxaqueca e dor na coluna.

Causas e Tratamentos

DTM tem como uma das principais causas a ansiedade e o estresse que, muitas vezes, também estão diretamente ligados ao bruxismo e ao hábito de ranger os dentes. Lesões no pescoço por acidentes de carro também podem iniciar as crises, assim como posturas de trabalho e de dormir inadequadas e o hábito de morder as unhas.

As mulheres são as mais atingidas pela disfunção, mas isso não significa que o transtorno não atinja homens. A literatura médica demonstra que cerca de 35% das crianças apresentam algum sintoma. Por falta de conhecimento, os pais acabam levando os filhos a outros profissionais, em casos de dores de cabeça constantes, por exemplo.

Porém, o tratamento é multidisciplinar, com terapias específicas, que são utilizadas de acordo com o tipo de dor orofacial e sua complexidade:

  1. Mudanças de hábitos, como roer as unhas ou mascar chicletes;
  2. Placas de mordida noturnas, que são aparelhos de uso bucal;
  3. Métodos de acupuntura – a técnica ameniza a dor e reduz o estresse;
  4. Medicamentos anti-inflamatórios e relaxantes musculares;
  5. Exercícios fonoaudiólogos – para o alongamento e o fortalecimento dos músculos;
  6. Exercícios de fisioterapia – eletroterapia, ultrassom e laser melhoram a cicatrização dos tecidos e a mobilidade.

Modelo de placa de mordida noturna

 

Esses são recursos indicados, mas tudo depende de um diagnóstico específico para cada caso, que deve ser cuidadosamente avaliado. O ideal é sempre começar com terapias menos invasivas. As cirurgias são indicadas em casos graves e em apenas 6% destes, quando todas as terapias comportamentais e fisioterapias forem utilizadas.

Se você quer saber mais sobre a DTM, um dica de leitura para pacientes e, também, profissionais de saúde: o livro “Terapias Não Medicamentosas para DTM (Disfunção Temporomandibular)”, da especialista Simone Prada, a venda na Amazon.

Todos os artigos contidos nesse blog têm finalidade instrutiva, não podendo, sob nenhuma hipótese, substituir uma consulta.  Se você tiver mais dúvidas ou quiser falar diretamente conosco, clique aqui. Teremos prazer em atendê-lo (a).

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