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Bruxismo em crianças, como identificar e tratar: um guia para pais

Crianças com bruxismo são pacientes relativamente comuns nos consultórios dentários, pois essa não é uma condição que atinge apenas os adultos. O ranger, ou apertar dos dentes, especialmente durante o sono, pode levar a uma série de problemas se não forem abordados precocemente, tais como desgastes ou até fraturas nos dentes, dificuldades de mastigação e alterações na formação das estruturas da boca e mandíbula. Por isso, é importante que os pais, ou responsáveis pelos pequenos, fiquem atentos aos primeiros sinais do bruxismo.

Causas e Tratamentos

Basicamente, as causas principais em crianças são:

Estresse – mudanças na vida dos pequenos, como início da vida escolar ou problemas familiares. Alguns podem desenvolver o bruxismo como uma forma de lidar com as emoções e ansiedade.

Má oclusão – o desalinhamento dos dentes, ou da mandíbula, pode contribuir para o bruxismo.

A observação dos pais desempenha um papel crucial para identificar o problema em seus filhos. Além de ficarem atentos aos ranger dos dentes dos pequenos, especialmente enquanto dormem, é importante saber que uma criança com essa condição pode apresentar dores de cabeça ou na mandíbula, principalmente ao acordar.

O bruxismo normalmente leva a uma sensibilidade maior dos dentes, por causa do desgaste do esmalte. Também é essencial que os responsáveis observem se a criança está com dificuldade em mastigar ou se queixa de desconforto ao comer.

O tratamento é individual, personalizado e varia de acordo com a causa e o diagnóstico. São inúmeros recursos e, em certos casos, há a necessidade de acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que inclui, além do dentista, neurologista, otorrinolaringologista, psicólogo, nutricionista e fonoaudiólogo.

Alguns procedimentos também contam com o auxílio da fisioterapia orofacial. Com exercícios específicos é possível fortalecer os músculos da mandíbula, aliviando a tensão associada ao bruxismo.

Outro tratamento em crianças, quando indicado, é a instalação de dispositivos interoclusais, conhecidos como “placa de mordida”, que protegem os dentes dos desgastes pelo atrito. Existem muitos tipos, tanto para os dentes superiores como inferiores. Elas podem ser projetadas para manter a mandíbula em uma posição mais relaxada ou proporcionar alguma outra função. 

Caso o bruxismo esteja associado ou se suspeite de apneia e refluxo relacionado a ele, pode-se fazer o uso de uma placa de avanço mandibular. Nos casos da apneia – mais comuns nos adultos, mas também pode ocorrer em crianças – a dificuldade de respirar, durante o sono, pode gerar crises de apneia, que são pequenas paradas respiratórias e, nesses casos, o bruxismo pode ser ativado como um mecanismo de ‘defesa’ do organismo, para que a pessoa volte a respirar. Por isso, é fundamental que o dentista faça uma avaliação da parte respiratória do paciente.

Mudanças no estilo de vida também colaboram para resultados eficientes, tais como, a adoção de práticas da ‘higiene do sono’, com horários regrados e adequados para dormir, ambientes tranquilos, sem muitos estímulos sonoros e visuais, além de evitar refeições muito próximas ao horário de deitar-se. 

Com certos cuidados e monitoramento regular, é possível resolver o bruxismo, a curto e médio prazo. Para tanto, os pais devem manter uma abordagem proativa e comunicação constante com o dentista para que, em um trabalho conjunto, possam preservar a saúde bucal dos pequenos e ajudar para que tenham uma infância saudável e feliz.

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